EU NÃO ACREDITO MAIS EM NADA
RAMINA EL SHADAI
Durante muito tempo... anos... durante toda nossa vida, de certa forma, aprendemos a ser condicionais. Aprendemos a reagir aos estímulos, emocionalmente e, portanto, todos os nossos comportamentos e escolhas tiveram suas origens em nossos pensamentos sobre tudo. Pensamentos que produziram sentimentos e por aí em diante.
Tudo condicional, limitado e sustentado pelas nossas experiências passadas e expectativas futuras.
Tanto foi assim que até hoje, um dos mais comuns discursos para se tentar mudar uma situação é a tentativa de se mudar o pensamento sobre a situação. E, a respeito disso, a nossa mente tem sido massacrada, sendo que todo esse comportamento de eliminar a mente, ao invés de ressignificá-la, é também um pensamento sobre todos os outros pensamentos.
É pensamento sobre pensamento. Sendo que a origem de todos os seus pensamentos é uma só. Ou é uma origem puramente mental, ou uma origem integral à sua verdadeira natureza. Essa é a chave de tudo: a origem e os processos.
Tenho trazido, aos poucos, insistentemente, o exercício de perceber a origem dos pensamentos, a estrutura de energia que sustentou todos eles e a concepção de que não se muda realidade nenhuma sem transformar, internamente, a energia que sustenta tudo.
Sendo toda vivência, uma manifestação do que produzimos, sutilmente em nós, estamos sendo chamados para a consciência do que, finalmente, temos produzido até então.
Mas esse “somos chamados” não é um convite brando! É um movimento de um cenário maior que, tendo consciência dele ou não, tudo que mantinha nossa velha forma de ser, de agir, de pensar sobre tudo não se sustenta mais em velhos padrões.
A partir disso, se a estrutura se rompe, tudo sustentado por ela, tende a se romper. É disso que estou falando: de todas as velhas e “sólidas” estruturas que estão se rompendo e levando com elas tudo que se relacionava a elas.
E isso tudo só está acontecendo porque está sustentado por uma nobre frequência amorosa que rompe toda frequência do medo e desamor.
Quando se tem consciência disso, um fluxo acontece e novos alinhamentos se fortalecem.
Quando não se tem consciência, há uma intensa tentativa de se manter tudo que era conhecido e seguro, porém num gigantesco esforço, por não haver mais o que possa garantir, sustentar, assegurar a permanência do que não se alinha ao novo que chega.
Essa é a hora em que tantos reagem, numa concepção limitada de ser. E uma das expressões que mais tenho ouvido é: “Eu não acredito mais em nada!”
Sozinha, essa frase não traria muito sentido, mas quando se insere o seu próprio sentido, a sua percepção da vida, a sua consciência do todo, muda tudo.
Quando o sentido é o vazio, é a desconexão de todo movimento de transformação, quando o sentido é o “não reconhecimento do Amor presente”, o que sustenta a frase é um profundo sentimento originado das frequências do medo.
É quase que uma briga com tudo que você está dizendo que não acredita mais, portanto, uma briga consigo mesmo. Porque é uma decepção com tudo que você esperava que fosse a solução para você, afinal, suas velhas escolhas diziam sobre quem você pensava que fosse. Suas velhas escolhas diziam sobre o que considerava que faltava em você.
Acreditar era uma espécie de responsabilizar algo pela sua segurança. “Sentir-se bem” ainda era uma concepção polarizada, definida pela sua mente restrita.
Acreditar, seria uma desconexão com o Agora e com todos os propósitos. Porque o rompimento dos padrões da ilusão, no sentido de tudo que foi criado a partir de escolhas inconscientes, é parte do processo de co-criação consciente de novas realidades.
Quando você deixa de acreditar, isso precisa ser um sinal de uma nova conexão. Porque realmente, esse novo tempo de expandir a consciência, exige uma plena integração ao Agora, uma profunda integração a todos os aspectos de você, uma intensa integração a uma nova concepção de Unidade que permite você se enxergar em tudo e enxergar tudo em você.
Esse novo processo, realmente, te faz não acreditar em mais nada, mas por reconhecer que tudo externo a você era o que sustentava todas as suas crenças. E o processo de confiar na sua existência, de confiar num propósito Divino, de confiar no que produz em você, internamente, te liberta, totalmente, da necessidade de ter que acreditar em qualquer coisa para fazer escolhas.
Acreditar te restringe a um futuro esperado sustentado por um passado conhecido e garantido. Confiar te conecta ao presente e a todas as possibilidades.
Hoje, num abraço amoroso, se você não consegue acreditar em mais nada, apenas perceba se isso te deixa paralisado por perder essas velhas referencias ou se não acredita, simplesmente porque já se sente livre das velhas crenças e dos padrões de ilusão e já confia na Unidade da nossa existência!
Sempre, o que sustenta os nossos pensamentos é o que sustenta a nossa realidade!
Um intenso abraço!
EU SOU RAMINA EL SHADAI
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